Guia da Eurocopa 2024

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Guia Rápido da Eurocopa 2024

A 17ª edição da Eurocopa vai começar em 14 de junho de 2024, na Alemanha, com a participação de 24 seleções de todo o continente. O torneio vai até 14 de julho de 2024 e no Brasil, a TV Globo transmitirá cinco partidas em sinal aberto, uma por rodada. Na TV por assinatura, o SporTV será responsável pela cobertura completa. Para quem prefere streaming, a produtora LiveMode ficará encarregada, repassando os direitos para o canal esportivo do YouTube, CazéTV. Tanto o SporTV quanto o CazéTV exibirão 25 partidas cada, incluindo a final.

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Como funciona

A competição acontece de 14 de junho a 14 de julho. Na primeira fase, que vai até 26 de junho, é formada por seis grupos com quatro equipes cada. Se classificam diretamente os dois primeiros colocados, além dos quatro melhores terceiros.

As oitavas de final ocorrem em jogo único nos dias 29 de junho a 02 de julho, enquanto as quartas nos dias 05 e 06 de julho. A semifinais serão ambas disputadas nos dias 09 e 10 de junho. Já a finalíssima ocorrerá no dia 14.

Os campeões

A última edição, disputada com atraso em 2021 devido aos reflexos da pandemia da Covid-19, foi vencida pela Itália em final que o pôs frente a frente com a Inglaterra.

3 Títulos: Espanha (1964, 2008 e 2012) e Alemanha (1972,1980 e 1996)
2 Títulos: França (1984 e 2000) e Itália (1968 e 2021)
1 Título: União Soviética (1960), Tchecoslováquia (1976), Holanda (1988), Dinamarca (1992), Grécia (2004), Portugal (2016)

PALPITES DE APOSTAS A LONGO PRAZO!

  • Minhas seleções candidatas ao título:
    Inglaterra @4,60 / França @4,75 / Alemanha @6,50 / Portugal @8,00
  • Meus candidatos a artilharia:
    Harry Kane @6,75 / Romelu Lukaku @13,00 / Cristiano Ronaldo @14,00

Grupo A

Alemanha: Chega à Eurocopa 2024 como favorita e anfitriã, apesar das recentes decepções nas Copas do Mundo. Seu estilo de jogo é baseado na posse de bola, com jogadores técnicos como Toni Kroos e Ilkay Gündogan no meio-campo. A equipe combina experiência e juventude, destacando talentos como Jamal Musiala e Florian Wirtz, e oferece versatilidade com jogadores como Joshua Kimmich e Kai Havertz.

A Alemanha se destaca pela posse de bola e versatilidade de seus jogadores. Contudo, enfrenta desafios nas transições defensivas e depende excessivamente da posse de bola, além de carecer de um centroavante goleador confiável. Estas questões precisam ser abordadas para evitar surpresas durante o torneio. Toni Kroos controla a posse de bola, Joshua Kimmich é versátil e Jamal Musiala traz criatividade ao meio-campo ofensivo. A equipe deve alinhar-se em um 4-2-3-1, focando no controle da posse e na criação de espaços, variando entre um centroavante fixo e um falso nove conforme necessário.

Escócia: Sob o comando de Steve Clarke, busca um estilo de jogo mais técnico e conta com um meio-campo sólido e jogadores experientes como Andy Robertson e Scott McTominay. A organização tática é um ponto forte, mas enfrenta problemas nas alas e limitações ofensivas devido a lesões e falta de um centroavante goleador.

O meio-campo é a principal força, com jogadores versáteis e experientes. No entanto, as lesões nas alas e a dependência do jogo aéreo são fraquezas. A falta de atacantes desequilibrantes também limita a capacidade ofensiva da equipe. Andy Robertson lidera a equipe, com McTominay e Tierney oferecendo opções táticas. A Escócia deve alinhar-se em um 3-4-2-1, variando para um 5-4-1 defensivo, focando em cruzamentos e infiltrações dos meias ofensivos.

Suíça: Enfrenta instabilidade tática sob Murat Yakin, mas possui qualidade na posse de bola e jogadores experientes como Granit Xhaka e Yann Sommer. Flexibilidade tática é uma vantagem, mas a equipe precisa superar lesões e vulnerabilidades defensivas.

A Suíça tem excelente capacidade de passe e experiência internacional. No entanto, enfrenta inconsistência tática e lesões em jogadores-chave. A defesa vulnerável nas transições é uma preocupação. Granit Xhaka controla o meio-campo, enquanto Sommer é crucial na defesa. A equipe deve alternar entre formações com linha de quatro e três zagueiros, dependendo do adversário, com Shaqiri como peça-chave no ataque.

Hungria: Sob o comando de Marco Rossi, tem mostrado crescimento significativo, sendo bem organizada e competitiva. Dominik Szoboszlai é um destaque, mas a equipe enfrenta a falta de um goleador confiável e dúvidas sobre o goleiro titular devido à lesão de Péter Gulácsi.

A Hungria apresenta progresso contínuo e organização tática, mas carece de um centroavante testado e enfrenta inconstância no ritmo de jogo de alguns jogadores. A lesão de Gulácsi adiciona incertezas na defesa. Szoboszlai é a principal referência técnica, com Nagy e Orbán importantes na distribuição de jogo e defesa. A equipe adota um 3-4-2-1, utilizando alas avançados e mobilidade no ataque para criar superioridade numérica e oportunidades de finalização.


Grupo B

Espanha: A seleção espanhola chega à Eurocopa 2024 sob a liderança de Luis de la Fuente, marcando um período de renovação e transformação em comparação com a era de Luis Enrique. A equipe conta com a ascensão de jovens talentos como Lamine Yamal e Nico Williams, que trazem velocidade e habilidade ao ataque, além da agressividade na pressão para recuperar a posse de bola rapidamente. Rodri, meio-campista do Manchester City, é o pilar central da equipe, oferecendo estabilidade e controle. No entanto, a Espanha enfrenta desafios com lesões de jogadores-chave como Pedri e Gavi, além da dependência de Álvaro Morata como centroavante fixo, o que pode limitar a fluidez ofensiva.

A Espanha adota formações flexíveis, principalmente o 4-2-3-1 ou o 4-3-3, e foca em manter a posse de bola e pressionar agressivamente. A equipe aposta nos jovens pontas para quebrar linhas defensivas e alterna taticamente conforme necessário, utilizando Dani Olmo para maior criatividade no meio-campo. Apesar das limitações defensivas e da necessidade de ajustes devido às lesões, a seleção tem potencial para ser competitiva. O sucesso dependerá da capacidade de Luis de la Fuente em equilibrar a pressão agressiva com a criatividade dos jovens talentos, consolidando essa nova fase e mostrando o valor da Espanha no cenário europeu.

Croácia: Com uma base consolidada e experiente, mantendo grande parte dos jogadores que têm alcançado resultados impressionantes nos últimos torneios internacionais. Sob o comando de Zlatko Dalić, a Croácia foi vice-campeã na Copa do Mundo de 2018 e semifinalista em 2022. Apesar do sucesso recente em Copas do Mundo, a Croácia ainda busca um desempenho significativo na Eurocopa, onde nunca venceu um confronto de mata-mata. Esta edição pode marcar a despedida de grandes nomes como Luka Modric e Ivan Perisic, que lideram uma equipe conhecida por sua coesão e entendimento tático, sustentada por um meio-campo de alta qualidade com Modric, Marcelo Brozovic e Mateo Kovacic.

A Croácia adota um sistema tático bem estabelecido, geralmente o 4-3-3, focando na posse de bola e na solidez defensiva. A equipe utiliza a qualidade de seus meio-campistas para controlar o ritmo do jogo e aposta nas laterais para ataques com apoio ofensivo e cruzamentos. Contudo, enfrenta desafios, especialmente na dependência de jogadores veteranos e nas incertezas no ataque, além de questões físicas que podem impactar a performance. Com resiliência e competitividade, a Croácia tem o potencial de superar suas limitações e buscar um desempenho histórico na competição, consolidando o legado desta geração na Euro 2024.

Albânia: Como uma das grandes surpresas das eliminatórias, sob o comando de Sylvinho, que assumiu em 2023. Terminaram em primeiro lugar em um grupo que incluía Polônia e República Checa, o que é significativo para um time que não é considerado uma potência europeia. No entanto, foram sorteados em um grupo complicado, ao lado de Espanha, Itália e Croácia, e terão que continuar surpreendendo para avançar. A Albânia destacou-se por sua organização defensiva, com jogadores experientes como Berat Djimsiti, e mostrou habilidade em marcar gols de longa distância, uma arma crucial em partidas difíceis. Apesar do espírito competitivo e da capacidade de adaptação tática, a falta de criatividade ofensiva e a dependência de jogadores-chave como Armando Broja podem ser desafios significativos.

A Albânia adota principalmente a formação 4-2-3-1, focando em uma defesa sólida e transições rápidas. A defesa mantém uma linha estreita para minimizar espaços, com os volantes frequentemente recuando para ajudar. Mitaj, como lateral-esquerdo, tem mais liberdade para apoiar o ataque, enquanto Hysaj mantém uma postura mais defensiva. Aproveitando as transições rápidas e os chutes de longa distância, a Albânia entra na Eurocopa 2024 como a quarta força de seu grupo, mas com moral elevada após uma campanha impressionante nas eliminatórias. A organização tática impecável e momentos de brilho individual serão cruciais para enfrentar os gigantes do futebol europeu e ter qualquer chance de avançar.

Itália: A seleção da Itália chega à Eurocopa 2024 como a atual campeã do torneio, buscando consolidar uma nova era de sucesso sob o comando de Luciano Spalletti, sucessor de Roberto Mancini. Após a conquista da Euro 2021, a equipe enfrentou dificuldades ao não se classificar para a Copa do Mundo de 2022, mas agora visa recuperar o bom momento. Spalletti demonstrou uma abordagem tática versátil, adaptando-se entre formações com três ou quatro zagueiros, o que proporciona flexibilidade contra diferentes adversários. A defesa italiana continua sólida, com jogadores versáteis capazes de desempenhar múltiplos papéis defensivos e ofensivos.

No entanto, a equipe enfrenta incertezas, como a disputa pela posição de ala direita e a falta de um atacante consistentemente eficaz. Jogadores chave como Jorginho e Barella são fundamentais para o controle do meio-campo e para as transições fluidas entre defesa e ataque. A Itália adota principalmente a formação 3-4-2-1, que pode se adaptar defensivamente para um 5-3-2, dependendo das circunstâncias do jogo. Com uma defesa adaptável, meio-campo controlador e opções ofensivas dinâmicas, a Itália entra na Euro 2024 com esperanças renovadas, embora precise superar desafios de coesão e consistência para competir em um grupo difícil e aspirar repetir o sucesso de 2021.


Grupo C

Inglaterra: A Inglaterra chega à Euro 2024 como uma das favoritas ao título, após campanhas impressionantes nas últimas competições internacionais sob Gareth Southgate. O time combina jovens talentos em ascensão com jogadores experientes em todas as posições, proporcionando profundidade e versatilidade tática. No entanto, desafios persistem, como as incertezas na lateral-esquerda devido a lesões e a necessidade de definir o meio-campo, especialmente a função de Jude Bellingham. Southgate tem à disposição formações como o 4-2-3-1 e o 4-3-3, adaptando-se às circunstâncias para maximizar as chances de finalmente conquistar um título relevante.

A Euro 2024 representa uma oportunidade crucial para a Inglaterra demonstrar seu potencial e superar a pressão histórica que acompanha grandes torneios. Resolver as questões pendentes, como a lateral-esquerda e a configuração ideal do meio-campo, será fundamental para o sucesso da equipe. Com um elenco equilibrado e talentoso, a Inglaterra busca consolidar seu status como uma potência no futebol internacional e garantir um lugar de destaque na história do esporte inglês.

Dinamarca: A Dinamarca chega à Euro 2024 com uma mistura de experiência e incertezas após performances contrastantes nos últimos torneios internacionais. Após alcançar as semifinais na Euro 2020, a equipe teve uma Copa do Mundo de 2022 decepcionante, sendo eliminada na fase de grupos. Jogadores experientes como Kasper Schmeichel e Simon Kjaer trazem liderança e estabilidade à equipe, enquanto o técnico Kasper Hjulmand é reconhecido por sua flexibilidade tática, alternando entre formações com linha de quatro e linha de três zagueiros para se adaptar aos adversários. A inclusão de jovens talentos como Rasmus Højlund no ataque oferece nova energia e potencial de gols, mas a dependência de veteranos e a busca por consistência continuam sendo desafios cruciais para a Dinamarca.

A estratégia da Dinamarca na Euro 2024 será guiada pela flexibilidade defensiva e pela utilização estratégica de formações como o 3-5-2, que possibilita uma dupla de ataque com Højlund ao lado de jogadores como Kasper Dolberg ou Yussuf Poulsen. No entanto, essa abordagem pode comprometer o controle do meio-campo. Christian Eriksen desempenhará um papel crucial na definição da estratégia ofensiva, podendo atuar como meio-campista central em um 4-3-3 ou como um dos meias ofensivos em um 3-4-2-1. Com menos expectativas do que em competições anteriores, a Dinamarca buscará usar sua versatilidade tática e a mistura de experiência e juventude para surpreender na Euro 2024 e alcançar um desempenho consistente e competitivo.

Sérvia: Com um time que combina talento individual expressivo e desafios coletivos. Após uma decepcionante participação na Copa do Mundo de 2022, onde não conseguiu avançar além da fase de grupos, a equipe enfrenta incertezas principalmente em sua defesa. No entanto, o potencial ofensivo da Sérvia é inegável, liderado por jogadores como Dusan Tadic, Sergej Milinkovic-Savic, Aleksandar Mitrovic e Dusan Vlahovic, todos capazes de desequilibrar jogos com sua habilidade técnica e capacidade de marcar gols. Com a experiência desses jogadores em clubes de alto nível europeu, a Sérvia tem a oportunidade de surpreender se conseguir encontrar um equilíbrio entre sua sólida defesa e seu ataque poderoso.

Taticamente, a Sérvia geralmente opta por formações com três zagueiros, variando entre o 3-4-2-1 e o 3-4-1-2 conforme a necessidade do confronto. A flexibilidade na ala esquerda, onde jogadores como Filip Kostic ou Nemanja Mladenovic podem ser alternativas, será crucial para ajustar o equilíbrio entre defesa e ataque. A versatilidade de Sergej Milinkovic-Savic, capaz de atuar como meio-campista ofensivo ou recuado, oferece ao treinador Dragan Stojkovic opções valiosas para moldar o meio-campo conforme as exigências do jogo. Em resumo, a Sérvia chega à Euro 2024 com potencial para surpreender, contanto que consiga resolver suas vulnerabilidades defensivas e manter um desempenho consistente ao longo do torneio. Com um ataque poderoso e jogadores experientes, a equipe sérvia tem todos os ingredientes para se destacar se conseguir equilibrar seu jogo de maneira eficaz.

Eslovênia: Retorna à Eurocopa 2024 após uma longa ausência, liderada pelo técnico Matjaž Kek, conhecido por sua passagem na Copa do Mundo de 2010. A equipe conseguiu um feito notável nas eliminatórias ao terminar em segundo lugar em um grupo desafiador, incluindo a Dinamarca. Jan Oblak, um dos melhores goleiros do mundo, é um pilar defensivo crucial, enquanto Benjamin Šeško representa uma promessa ofensiva com sua força física e habilidade de finalização. A possível inclusão de Josip Iličić adicionaria experiência e qualidade técnica ao ataque esloveno.

No entanto, a Eslovênia enfrenta desafios significativos, como a dependência de jogadores-chave como Oblak e Šeško, além da falta de profundidade no elenco. A formação 4-4-2, preferida por Kek, pode ser previsível contra equipes mais fortes e taticamente versáteis. Para progredir no torneio, a Eslovênia precisará não apenas contar com suas estrelas, mas também superar essas limitações através de organização tática e disciplina em campo. A Euro 2024 será uma oportunidade para a Eslovênia mostrar sua resiliência e competir contra adversários mais renomados, buscando surpreender e avançar além da fase de grupos.


Grupo D

França: Como uma das favoritas ao título, sustentada por um elenco repleto de talento e liderada por estrelas como Kylian Mbappé e Antoine Griezmann. Mbappé, um dos melhores jogadores do mundo, é o destaque ofensivo, enquanto Griezmann desempenha um papel fundamental não apenas como artilheiro, mas como o maestro do meio-campo francês, garantindo equilíbrio e criatividade. Didier Deschamps, conhecido por suas adaptações táticas, provavelmente manterá a formação 4-2-3-1 que funcionou bem na Copa do Mundo de 2022, com variações sutis para maximizar o potencial dos jogadores.

Defensivamente, há escolhas importantes a serem feitas, especialmente com Lucas Hernandez fora devido a lesão. Presumivelmente, Presnel Kimpembe e Dayot Upamecano formarão a dupla de zaga, trazendo experiência e capacidade técnica, embora Deschamps seja criticado por suas preferências pessoais na seleção. No meio-campo, nomes como N’Golo Kanté e Adrien Rabiot oferecem robustez e qualidade na transição defensiva para apoiar os talentosos atacantes franceses. Com Mbappé operando como um atacante versátil e Griezmann liderando a criação de jogadas, a França apresenta um equilíbrio sólido entre defesa e ataque, com capacidade de ajustar seu jogo conforme necessário para enfrentar diferentes adversários na Euro 2024.

Áustria: Com a expectativa de surpreender, ancorada no estilo de jogo enérgico e de alta pressão promovido por Ralf Rangnick. Sob sua orientação, a equipe adota uma abordagem dinâmica inspirada na escola alemã, destacando-se pela intensidade e pela capacidade de pressionar o adversário no campo. No entanto, enfrentam desafios significativos devido às lesões de jogadores fundamentais como Alaba e Schlager, que comprometem a espinha dorsal do time. Apesar desses obstáculos, a Áustria conta com jogadores como Sabitzer e Laimer para induzir erros nos oponentes e manter um ritmo elevado de jogo, buscando causar impacto na competição europeia.

O modelo tático da Áustria reflete fortemente a influência de Ralf Rangnick, conhecido por sua abordagem baseada na pressão intensa e movimentação coordenada, características que têm raízes profundas no modelo Red Bull. A equipe geralmente se organiza em um 4-4-2 flexível, adaptável para diferentes formações conforme a necessidade de jogo. No meio-campo, jogadores como Sabitzer e Laimer são cruciais não apenas por sua capacidade física e técnica, mas também por sua habilidade de transitar entre as linhas e pressionar os adversários. No ataque, Gregoritsch e Baumgartner lideram a linha de frente, com a missão de criar oportunidades a partir de transições rápidas e pressão intensa. Apesar das lesões que afetaram a defesa e o meio-campo, a Áustria mantém uma identidade clara de jogo, buscando se impor através do trabalho coletivo e da intensidade constante, características que podem ser cruciais na sua jornada pela Euro 2024.

Holanda: A Holanda chega à Euro 2024 sob a liderança de Ronald Koeman, que assumiu o comando em 2023 após um período tumultuado por lesões e incertezas desde a Copa de 2022. Koeman está focado em consolidar uma equipe competitiva, especialmente na defesa, onde tem experimentado com formações de três zagueiros, utilizando nomes como Virgil van Dijk e Matthijs de Ligt para fortalecer o setor. No entanto, a constante rotação de jogadores devido a lesões tem dificultado a busca por uma formação ideal e consistente.

No meio-campo, Frenkie de Jong continua sendo o principal ponto de referência, apesar das dificuldades físicas recentes, enquanto o ataque enfrenta desafios para encontrar um artilheiro confiável, com Memphis Depay liderando, mas ainda buscando sua melhor forma. Jovens promissores como Calvin Stengs e Myron Boadu também são peças-chave nas esperanças da Holanda de equilibrar sua equipe e maximizar seu potencial durante o torneio europeu.

Polônia: Em um período de transição significativa, buscando afastar-se da imagem de uma equipe monótona e pouco criativa dos últimos anos. Desde a Copa do Mundo de 2022, a seleção passou por mudanças significativas, incluindo a controversa contratação e demissão de Fernando Santos como técnico. Sob a liderança de Paulo Sousa, que assumiu em meados de 2023, a Polônia tenta revitalizar seu estilo de jogo, buscando mais fluidez e eficiência, especialmente no uso de sua estrela principal, Robert Lewandowski. A equipe deve adotar um sistema tático predominantemente 3-5-2, com Lewandowski atuando como o pivô central do ataque, apoiado por Arkadiusz Milik ou Karol Swiderski.

Defensivamente, a Polônia confia em Wojciech Szczesny como goleiro titular, enquanto a linha de defesa central deve incluir Jan Bednarek, Kamil Glik e Sebastian Walukiewicz, todos com experiência internacional. No meio-campo, Grzegorz Krychowiak e Piotr Zielinski são peças-chave para o controle e distribuição de jogo, com Kamil Jozwiak e Kamil Grosicki proporcionando opções de largura e profundidade nos flancos. A equipe polonesa enfrenta desafios em equilibrar a necessidade de defesa sólida com uma abordagem mais dinâmica e criativa no ataque, algo que será crucial para seu desempenho na Euro 2024.


Grupo E

Bélgica: Sob nova direção técnica após a era de Roberto Martinez. Com a chegada de Domenico Tedesco, houve uma significativa reformulação tática e de elenco. Tedesco priorizou um estilo de jogo mais dinâmico e físico, contrastando com a posse de bola prolongada da era anterior. A ausência de Courtois, um dos maiores goleiros do mundo, foi uma escolha controversa, resultante de um conflito com Tedesco sobre a braçadeira de capitão, apesar de sua boa forma recente. A defesa agora adota uma linha de quatro, com Castagne na direita, Vertonghen na esquerda e Teat e Alderweireld no centro, visando equilibrar experiência e vigor físico. O meio-campo é liderado por Anana e M’Vila, com De Bruyne trazendo criatividade e liderança quando em campo, embora tenha perdido parte da temporada devido a lesões.

No ataque, Lukaku continua como a principal referência no centro, apoiado por jovens talentos como Doku e Bakayoko, que oferecem velocidade e habilidade nas pontas. Tedesco experimentou com diferentes formações, incluindo um 4-4-2 para jogos mais acessíveis, destacando a flexibilidade e profundidade do elenco belga. A equipe busca aproveitar transições rápidas e agressivas, capitalizando nas habilidades individuais de seus jogadores de frente. Com estas mudanças, a Bélgica aspira competir em alto nível na Euro 2024, mesmo sem algumas das figuras proeminentes do passado recente, buscando um equilíbrio entre experiência e renovação para alcançar sucesso no torneio continental.

Romênia: Uma equipe que mescla nomes históricos do passado glorioso do futebol romeno com jovens promissores. Sob o comando de Edward Jordanescu, filho do lendário treinador Angel Jordanescu dos anos 90, a seleção romena apresenta uma mistura de experiência e juventude. Destaques como Vlad Dragomir e Ianis Hagi, que carregam sobrenomes famosos do futebol romeno, são peças-chave no meio-campo, enquanto George Pușcaș e Dennis Man trazem energia ao ataque. Apesar de desafios defensivos evidentes, especialmente em duelos físicos e bolas paradas, a Romênia mostrou potencial ao terminar invicta nas eliminatórias, conquistando o primeiro lugar no grupo.

Projetando-se para a competição, a Romênia confia em seu sistema tático 4-3-3, com variações que adaptam-se às circunstâncias do jogo. Defensivamente, a equipe adota um 4-1-4-1 compacto, com os pontas fechando linhas e meio-campistas apoiando a defesa. Ofensivamente, o time transita para um 3-4-3, com os laterais subindo para apoiar o ataque. Embora enfrentem desafios pela frente, como a adaptação de jogadores que atuam em ligas menos competitivas, a Romênia mantém a esperança de superar expectativas na Euro 2024, buscando repetir o sucesso do passado e oferecer uma surpresa no torneio continental.

Eslováquia: Chega à Euro 2024 com uma equipe marcada pela experiência e por uma forte ligação com o futebol italiano, refletida não apenas na escolha do treinador Francesco Calzona, que teve passagem pelo Napoli, mas também na presença de jogadores como Marek Hamsik e Milan Skriniar. Sob o comando de Calzona, a Eslováquia adota um sistema tático predominantemente 4-3-3, que funciona mais como um 4-5-1 defensivamente, com ênfase na compactação do meio-campo para dificultar a progressão dos adversários. Embora seja um time com limitações individuais evidentes, especialmente em termos de profundidade e recursos ofensivos, a Eslováquia mostrou solidez nas eliminatórias, perdendo apenas para Portugal em jogos equilibrados e mantendo um estilo de jogo baseado em transições rápidas e eficiência defensiva.

A base da equipe titular inclui nomes como Martin Dubravka no gol, Milan Skriniar e Denis Vavro na defesa, e Marek Hamsik no meio-campo, todos desempenhando papéis cruciais na estratégia de jogo. Com um meio-campo liderado por Stanislav Lobotka e Andre Duda, a Eslováquia busca controlar o ritmo do jogo e explorar as qualidades de jogadores como Robert Bozenik no ataque. Defensivamente, o time se organiza em blocos compactos para frustrar os oponentes, priorizando a coesão tática sobre individualidades. A esperança da Eslováquia reside na capacidade de seus jogadores-chave de fazerem a diferença nos momentos decisivos, buscando superar suas limitações e surpreender na Euro 2024.

Ucrânia: Em um momento marcado por desafios tanto dentro quanto fora dos campos. Em meio a uma situação de guerra prolongada em seu território, a equipe nacional se torna não apenas um representante esportivo, mas também um símbolo de união e orgulho para o país. Classificando-se através dos playoffs, superando rivais como Inglaterra e Itália em um grupo difícil nas eliminatórias, a Ucrânia mostra sua resiliência e determinação, motivada pela oportunidade de inspirar esperança e alegria em sua nação em tempos difíceis.

No aspecto esportivo, a Ucrânia traz uma equipe que mistura experiência e juventude, refletindo três gerações de talentos. Sob o comando de Serhiy Rebrov, um ex-atacante histórico do Dínamo de Kiev, o time tende a adotar uma formação base de 4-1-4-1, destacando jogadores como Lunin no gol, Zabarnyi e Matviyenko na defesa, e o talentoso Sudakov no meio-campo, visto como a próxima grande estrela do país. Com recursos táticos que variam de 4-2-3-1 a 5-4-1, a Ucrânia demonstra flexibilidade estratégica para enfrentar diferentes adversários, enquanto nomes como Yarmolenko, mesmo em fim de carreira e voltando de lesão, continuam a ser fundamentais tanto dentro quanto fora de campo.


Grupo F

Portugal: Liderados por Roberto Martínez, trazendo uma abordagem mais ofensiva e dinâmica comparada ao estilo pragmático de Fernando Santos. Com um elenco repleto de talentos, incluindo João Palhinha, Vitinha, Bruno Fernandes, e a experiência de Cristiano Ronaldo, Portugal utiliza um sistema flexível, geralmente um 4-3-3, que pode se transformar em um 4-1-4-1. A linha defensiva é robusta com Ruben Dias e alternativas como António Silva e Gonçalo Inácio, enquanto laterais como Diogo Dalot e João Cancelo oferecem opções táticas variadas.

A profundidade do elenco é uma das maiores forças de Portugal, com substitutos de alto nível capazes de mudar o curso dos jogos. Jogadores como Gonçalo Ramos, Diogo Jota e Francisco Conceição trazem características únicas que complementam a equipe principal. Portugal entra na Euro 2024 como um dos favoritos ao título, combinando a experiência de veteranos com a energia de jovens talentos, posicionando-se bem para competir no mais alto nível.

Turquia: Passando por um processo de renovação interessante, especialmente do meio para frente, com muitos jogadores jovens ganhando espaço. Sob o comando de Vincenzo Montella desde outubro de 2023, após uma fase inicial com Stefan Kuntz, a equipe conseguiu a classificação para a Euro 2024, dando oportunidade para novos talentos brilharem. Entre os destaques estão Arda Güler, do Real Madrid, e Kenan Yıldız, da Juventus, ambos nascidos em 2005 e vistos como grandes esperanças do futebol turco. A formação preferida tem variado, mas Montella tende a usar um esquema que dá liberdade aos jovens, como o 4-4-2 que se transforma em um 4-2-3-1 ou 4-2-4, com uma ênfase na movimentação ofensiva.

No entanto, a Turquia enfrenta desafios em encontrar equilíbrio tático. A equipe tem demonstrado vulnerabilidade nas transições defensivas, ficando exposta a contra-ataques adversários. Montella precisa ajustar a defesa, que tem nomes como Merih Demiral e Caglar Söyüncü, para garantir solidez sem comprometer a criatividade e a fluidez do ataque. Jogadores como Hakan Çalhanoğlu, peça chave no meio-campo, são essenciais para manter a coesão entre defesa e ataque. A expectativa é que, mesmo com possíveis oscilações, a Turquia possa surpreender na Euro 2024, combinando a energia e o talento dos jovens com a experiência de alguns veteranos.

Republica Tcheca: A República Tcheca, ou Chequia, como deseja ser conhecida, chega à Euro 2024 com uma abordagem tática focada no jogo físico e nos duelos. Historicamente uma seleção tradicional em torneios europeus, a equipe enfrentou desafios nos últimos anos para recuperar o status de suas melhores épocas, como na Euro 2004. Sob o comando de Ivan Rashek desde 2024, o time tcheco tem enfrentado críticas e incertezas devido a resultados mistos nas eliminatórias, incluindo uma surpreendente derrota para a Albânia. Além disso, questões extracampo, como a polêmica envolvendo jogadores em saídas noturnas, adicionaram controvérsias e dificuldades ao processo de preparação para o torneio.

Taticamente, a República Tcheca adota uma abordagem baseada na força física e na imposição física, com um foco particular em jogos diretos, bolas aéreas e duelos físicos. A equipe de Ivan Rashek parece estar estruturada para empregar um sistema de jogo com três zagueiros, destacando-se pela estatura e presença física dos jogadores, especialmente útil em jogadas de bola parada. A ausência de jogadores chave devido a lesões e suspensões, como a do volante titular Sadilek, tem impactado nas escolhas táticas e nas opções disponíveis para formar a equipe titular. Com um elenco que busca equilibrar a experiência com a juventude e uma base sólida de jogadores como Soucek e Barak, a expectativa é de que a República Tcheca possa surpreender com seu estilo robusto e determinado na Euro 2024, apesar das incertezas e desafios enfrentados até o momento.

Georgia: A Geórgia está em ascensão notável, especialmente destacada pela sua primeira qualificação para a Eurocopa como nação independente. Esta conquista representa o culminar de anos de progresso gradual, marcado por uma evolução significativa desde suas origens como uma seleção de quarta divisão na Nations League. O time é liderado pelo talentoso atacante Giorgi Kvilitaia, cujo impacto na Liga Italiana com o Napoli elevou não apenas sua carreira, mas também a visibilidade da seleção georgiana no cenário europeu. Além dele, jogadores como Lasha Dvali e Davit Khocholava oferecem solidez defensiva, essencial para enfrentar adversários de peso como Portugal e Turquia no Grupo C da Euro 2024.

Taticamente, a Geórgia provavelmente adotará um 5-3-2 para maximizar sua defesa e explorar contra-ataques rápidos, com ênfase na habilidade de Giorgi Shengelia em avançar pelas alas. A presença de Mamuka Marhvelashvili no gol é crucial, dada a expectativa de maior tempo de defesa. O meio-campo é liderado por Jaba Kankava e Otar Kiteishvili, oferecendo um equilíbrio entre defesa e ataque, enquanto a dupla de ataque, possivelmente com Kvilitaia e Khvicha Kvaratskhelia, visa capitalizar oportunidades de gol. Com um elenco jovem e motivado, a Geórgia entra na Eurocopa com determinação para desafiar expectativas e provar seu valor no palco internacional.

Essa participação inédita da Geórgia na Euro 2024 não apenas celebra seu crescimento como potência emergente no futebol europeu, mas também promete ser um capítulo emocionante na história do esporte no país, oferecendo uma perspectiva fascinante sobre o que está por vir para essa equipe promissora.


Este guia foi realizado por Vinny Oliveira.


Termino aqui o nosso Guia da Eurocopa 2024! Agora você tem um material completo e que vai te ajudar e te deixar preparado para essa competição. 

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