Como apostar em baseball
A nova temporada da MLB, a maior de de Basebol do mundo está chegando! No dia 5 de abril os times começam uma disputa renovada para o título da liga. E durante a campanha regular, cada time joga 162 partidas, o que dá uma amostra enorme para os apostadores lucrarem muito com o ano letivo do basebol. Vamos a algumas dicas valiosas para ganharmos mais dinheiro com esse esporte tão espetacular.
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Análise:
1) Momento:
Muito do basebol acontece através da sequência que um determinado time vive. Claro, em todos os esportes isso também conta muito, mas como este tem menos margem pra erro em termos de favoritismo, é sempre bom olhar o momento recente das equipes e também dos jogadores. No basebol, usamos muito o termo ”amostra pequena”, ou seja, aquele par de jogos que, mesmo se o time ganhou ou perdeu de muito, não faz muita diferença para o andamento da temporada. Diante disso, quando se analisa o momento é sempre bom ter como base de dados os últimos dez jogos, que aí é uma amostra já considerável que geralmente pega as últimas duas semanas.
Essa tabela acima mostra bem isso. É sempre bom ficar atento com o momento dos jogadores ao longo dos meses, na maioria das vezes varia bastante. Rizzo, por exemplo, é tido como um rebatedor consistente, mas em agosto (imagem), teve queda de produção considerável.
2) Não subestime nenhum time
No basebol, uma campanha com 80 derrotas na temporada regular é considerada, na maioria das vezes, boa. Até os melhores times da liga apresentam dificuldades em derrotar equipes que geralmente não são perigo em termos de playoffs, até mesmo no final de temporada regular, e isso acontece por causa de muitos fatores. Um deles é que a liga é muito disputada em todos os níveis, ou seja, poucos jogadores têm vaga garantida na equipe e, se esse atleta ”largar” o ano no finalzinho da campanha, as chances dele ser substituído são grandes e no basebol há centenas de jogadores para cada franquia. O draft não vale tanto igual em outras ligas, então o termo ”tank” de uma determinada equipe não ligar para vitórias no final da temporada acontece em muito menor escala do que nas outras ligas americanas. E, claro, o basebol em si é um esporte imprevisível. Bem no estilo futebol, uma equipe pode estar jogando pior que a outra e vencer o jogo com, literalmente, apenas uma rebatida. Minha dica é sempre levar cada jogo com muita seriedade e analisar cuidadosamente, independente da classificação daquele determinado time.
3) Estádio
Em nenhum outro esporte americano o estádio faz tanta diferença como no basebol e isso interfere bastante no resultado – as ligas diferentes também, mas falaremos na frente. Na maioria das vezes, os estádios da Liga Americana são bem mais propensos a home run, muito por causa das medidas menores, e isso se deve por fatores históricos dessa organização ser mais voltada para o ataque. Há muitos exemplos de como se usar o estádio a favor em handicap, como por exemplo Brian McCann. O catcher dos Yankees, em 2014, rebateu 19 home runs em casa, jogando em um estádio mais favorável aos canhotos (Yankee Stadium), enquanto rebateu apenas quatro bolinhas atrás do muro fora de seus domínios. Muito disso aconteceu por causa das dimensões, pois o Yankee Stadium e Fenway Park (Red Sox), por exemplo, são estádios que favorecem os rebatedores de força canhotos. Então quando McCann joga em casa e diante de um arremessador que cede muitos home runs, é sempre bom apostar que o catcher vai mandar uma bolinha para o outro lado do muro.
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Ainda sobre os estádios, o mesmo acontece de valor contrário em termos de ataque. O Citi Field, por exemplo, é um estádio que geralmente não tem muitos home runs por conta de sua dimensões. O mesmo acontece para o Turner Field, dos Braves, e o Marlins Park. O que todos esses tem em coincidência? Estão na Liga Nacional, quando geralmente não há tantas corridas anotadas por partida e as bolinhas atrás do muro acontecem em menor frequência. Sim, o fator rebatedor designado na Liga Americana também é um fator importante que infla as corridas por lá, enquanto na NL os arremessadores rebatem, mas os estádios também apresentam grande parcela de influência.
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Estatísticas basebol:
1) Handicap e as ligas
Geralmente as partidas da Liga Americana são mais explosivas e com mais corridas no placar, ou seja, tendem a acumular uma boa parcela de corridas. Faço muito a aposta de, em jogos assim, mais de 7,5 corridas acumuladas, o que é algo seguro e que na maioria das vezes entra. É também na AL que acontece a maior parte dos ”blowouts”, ou seja, vitórias por grande margem de diferença. Com ataques mais dinâmicos, em temporada regular não vale a pena muito ir atrás de um déficit de cinco corridas ou mais quando um determinado time fica tão atrás no placar.
Na Liga Nacional, os jogos são mais apertados, não há tantas corridas assim e isso se deve a falta de rebatedor designado, estádios mais curtos e também filosofia de jogo. Geralmente os times dessa liga são mais desenvolvidos defensivamente e possuem melhores arremessadores no geral. Mas cuidado, há suas exceções – próximo tópico.
2) Fator Colorado Rockies
Tem um time na liga que é bem peculiar e que se chama Colorado Rockies. Eles jogam na altitude de Denver, ou seja, o ar é rarefeito e a bola corre bem mais rápida do que o normal. Com isso, o time da casa consegue explorar muito bem essa vantagem ao seu favor e mandar muitas bolinhas atrás do muro e também levar bastante. Algumas estatísticas mostram isso e, apesar da data ser de 2014, geralmente é assim todos os anos:
Coors Field time! Lugar mais favorável para rebatidas de força na liga – por causa da altitude -, o estádio sempre gera estatísticas curiosas para os Rockies e no ano passado não foi diferente. Em casa, o aproveitamento foi de 32,2%, melhor disparadamente (!!!!). Longe de Colorado, 22,8%. A diferença é absurda, nenhum time chega perto de ter uma influência assim e nem citamos os home runs ainda: 15º melhor fora, enquanto foram 119 no Coors Field – primeira colocação com folga. Isso se refletiu na campanha do time, que teve sólida campanha de 45-36 em casa e surreal 21-60 na estrada.
Pois é, chega a ser tão discrepante assim a diferença entre jogar em casa e fora para os Rockies. Com isso, sempre que a equipe atuar em casa é bom apostar em jogos com muitas corridas para os dois lados e home runs em mais frequência do que o normal.
3) Uso das estatísticas
Esse é outro fator bem importante para saber apostar nos jogos de basebol, o uso das estatísticas pode dizer bastante sobre um determinado time ou equipe. Para começar, não se deixem enganar pelas amostras pequenas. No primeiro mês de temporada, sempre um jogador de ataque ou defesa vai postar que não condizem com sua realidade. Algo como Scherzer com ERA de 8,80 depois de duas partidas ou Emilio Bonifacio com 64% no bastão depois de uma semana geralmente acontece e não podemos nos empolgar muito com isso. Claro, se isso se carregar por mais tempo e começar a chamar atenção entra naquela categoria de ”momento”, mas se for amostra pequena, é melhor ser cauteloso. E, mesmo nessas situações, há estatísticas que nos ajustam a ilustrar bem esse cenário e a ficar esperto quanto a isso.
A principal dessas, para os arremessadores, é o FIP. Estatística avançada, essa é usada para medir o controle do arremessador com o que ele é capaz, ou seja, strikeouts, walks e home runs. Ao contrário do ERA, o FIP não mede os fatores extras como defesa e influência do estádio. Um exemplo clássico disso é Delin Betances, atual fechador dos Yankees. Em 2013, em 5,0 entradas, ele acumulou 10,80 de ERA nesse período. Mas como se tratava de amostra pequena e as corridas anotadas que ele sofreu não foi muito por sua culpa, FIP estava na casa dos 2,85.
E como identificar se o FIP é bom ou não? É mais ou menos na casa do ERA, mas geralmente é mais centrado. Ou seja, 2,0 é espetacular, 3,0 é bom, 4,0 é mais ou menos e acima disso é ruim.
Outra estatística muito boa a ser usada que indica o padrão de um jogador é BABIP. É melhor para arremessadores também, mas pode ser muito bem usada para rebatedores. No caso dos homens de montinho, o BABIP é uma estatística que mede a porcentagem de bolas que foram rebatidas que se tornaram válidas. Ou seja, não depende nada do arremessador e sim da influência da defesa atrás dele. O número 30,0% é o normal para esses casos, mas quando o arremessador está ”azarado” demais, o BABIP geralmente sobe para 35,0% ou mais, indicando que a maioria das bolas que entram em jogo foram válidas. Obviamente isso não acostuma a se carregar por muito tempo, então indica que o arremessador mais pra frente terá uma melhora de performance quando a maré de azar passar. O mesmo acontece, só que com efeito ao contrário, com BABIP muito baixo dos lançadores.
Essas estatísticas e muitas outras você encontra no fangraphs.com
Claro, como no basebol muito gira através das estatísticas, essas duas não são as únicas que influenciam diretamente no jogo. É bem relevante também usar algumas estatísticas mais padrões e simples, como olhar qual time anota mais home runs para apostar nesse handicap, qual anota mais corridas, rouba mais bases, todos essas periféricas também influenciam muito.
E se lembre, a importância da estatística no basebol na hora de apostar é muito importante para antecipar o resultado da partida, então olhe com carinho para esse lado.
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Mercados mais comuns no basebol:
1) Moneyline (vencedor do jogo)
Assim como acontece nos outros esportes, é padrão aqui também e muito bom de se apostar. Geralmente as odds no basebol são mais equilibradas do que no basquete, por exemplo, então vale a pena ir na ML muitas vezes.
2) Handicap
Aqui é quando você precisa de ter um entendimento bem grande do jogo, o basebol acostuma a aprontar muitas surpresas e muitas podem ser ”previstas” através do uso de estatísticas. Como dito anteriormente, olhar a real influência do arremessador e rebatedor no determinado momento da temporada, efeito estádio, time que está jogando contra, tudo isso influencia na hora de apostar em handicap.
Nesse caso, o que eu mais indico é corridas anotadas. Essa variável é muito boa pois, mesmo se um time for menos competente que o outro em maneira considerável, este pode sim anotar muitas corridas quando atua contra um arremessador mediano no montinho. Depende muito das circunstâncias também, mas apostar em mais corridas em jogos da AL e menos na NL geralmente é padrão.
Outro que é bom, mas pode ser arriscado, é apostar em qual time anotará corrida primeiro. Geralmente alguns arremessadores começam mais ”frio” na partida e tendem a aquecerem mais ao longo dos jogos e também tem estatística que aponta qual ERA médio de acordo com a faixa de entradas. Se esse arremessador em específico não for bom em começo de partida e atuar contra ataque em cima da média, é uma boa aposta sim.
Assim, o handicap pode ser tanto das margens dos pontos da vitória ou derrota, como para o total de pontos no jogo.
4) Aposte ao vivo
Principalmente quando um reliever entra na partida. Exemplo, sétima entrada, jogo está 0-0, entra um reliever ruim contra a melhor parte do alinhamento adversário. Nessas situações, sempre é bom analisar quem está no montinho e quem irá rebater na próxima ordem para colocar aposta ao vivo. No basebol, esse tipo de circunstância é muito bem válida.
5) Última corrida do jogo
Suponhamos que tenha um jogo apertado chegando na tabela. Braves contra Mets, e você aposta numa vitória curta dos Braves. O time de New York não tem bullpen muito produtivo, enquanto o de Atlanta conta com o melhor fechador da Liga Nacional. Sendo assim, sempre é bom colocar que os Braves anotarão a última corrida da partida, sendo que você já está confiante na vitória do time. Bullpen nesse caso conta muito.
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Onde apostar em Basebol?
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