Eleições presidenciais norte-americanas de 2020
Autor do texto: Nilo Neto, brasileiro, graduado em História e Administração, faz prognósticos de eleições políticas nacionais e internacionais desde 2016.
Breve resumo sobre a eleição
O dia 03 de novembro de 2020 será o dia da eleição para o cargo de presidente dos EUA, quarto maior país do mundo em tamanho e com população de mais de 300 milhôes de habitantes. O país ainda é a maior potência política, econômica, cultural e militar do planeta. Seu maior desafiante nesses campos atualmente é a China, substituindo a ex-
União Soviética nessa condição.
Disputam a eleição o candidato republicano Donald Trump, atual presidente e que busca a reeleição, e o candidato democrata Joe Biden. O vencedor ocupará o cargo na Casa Branca pelos próximos 4 anos a partir de janeiro de 2021.
Nos EUA a eleição é indireta, ou seja, os eleitores votam nos delegados do partido do seu Estado, que vão eleger o presidente. São 50 Estados e mais o Distrito de Columbia, onde fica a capital Washington, e cada Estado tem o número de delegados de acordo com o tamanho de sua população. Os Estados com mais delegados são California (55), Texas (38), Nova York (29) e Flórida (29). Estados menores em população como Montana, Vermont, Delaware e Wioming tem apenas 3 delegados. O candidato vencedor de cada Estado leva todos os delegados do Estado.
No total da soma dos Estados, são 538 delegados, e o vencedor precisa somar pelo menos 270 delegados. Vale lembrar que nos EUA o voto não é obrigatório. O mandato é de quatro anos, com direito a uma reeleição. Trump busca a reeleição.
Dois estados, O Maine (4) e o Nebraska (5) tem regras diferentes para distribuir os votos dos estados, neles o vencedor não leva todos os votos, mas como cada um deles pende para um lado e eles tem poucos votos, eles não costumam fazer diferença nas eleições.
Sobre os candidatos
Pelo partido Democrata concorre Joe Biden, sendo Kamala Harris, sua vice da chapa.
Biden é advogado e político desde a década de 1970, sendo eleito senador pelo Estado de Delaware em 1972 e reeleito por seis vezes consecutivas. Depois foi vice presidente dos EUA durante oito anos (2009 a 2016), nos dois mandatos de Obama.
Pelo partido republicano concorre Donald Trump, o atual presidente e Mike Pence, seu vice, que também é seu vice atualmente na Casa Branca.
Trump nasceu e cresceu no Queens, um dos cinco distritos de Nova York, e é formado em Economia pela Universidade da Pensilvânia em 1968. É um empresário do ramo imobiliário e também uma personalidade da televisão. Durante sua carreira, Trump construiu torres de escritório, hotéis, cassinos, campos de golfe e outras instalações com sua marca em todo o mundo. Trump também foi dono do concurso de beleza Miss USA entre 1996 e 2015, fez breves aparições em filmes e séries de televisão, e apresentou e co-produziu o programa The Apprentice, um reality show que foi transmitido pela NBC entre 2004 e 2015. É de Trump o bordão “Você está demitido”, marca registrada do programa.
Donald Trump é um verdadeiro “showman”, tem uma grande facilidade para a comunicação e para o debate, o que lhe rendeu vitórias esmagadoras nos debates e enfrentamentos com Hillary Clinton na eleição de 2016. Trump costuma apelidar e fazer “bulling” com seus adversários, o próprio Joe Biden ele chama de “Joe dorminhoco” por exemplo.
A eleição anterior de 2016
Contrariando praticamente todas as pesquisas realizadas pela grande mídia americana, que apontava uma vitória fácil de Hillary Clinton e apontava Donald Trump como uma zebra na eleição. Trump venceu, e ainda venceu em 10 Estados a mais que Hillary.
Dias antes da eleição a vitória de Hillary tinha odd 1,20 apenas, contra uma odd 5.00 para a vitória de Trump, nas principais casas.
Mas Donald Trump venceu em 30 Estados e conquistou 304 votos, e Hillary venceu em 20 Estados + o Distrito de Colúmbia (DC) e conquistou 227 votos. Uma diferença significativa de 10 Estados e de 77 votos, embora Hillary tenha feito no total quase 3 milhões de votos a mais.
A eleição de 2020
Nós vamos fazer aqui um prognóstico do vencedor em cada um dos 50 Estados, mais o Distrito de Columbia, e depois apontar o vencedor final. Totalizando 52 apostas.
De início vamos falar sobre os Estados onde a vitória de um dos lados já é considerada certa. Nesses Estados, um desses dois partidos é muito mais forte que o outro.
São os Estados da Red Wall (parede vermelha) republicana, e da blue wall (parede azul) democrata. Nesta eleição, 36 Estados estão nessa condição, 21 na Red Wall, e 15 mais o Distrito de Columbia (DC) na Blue Wall.
A expressão “parede” pode ser também descrita na mídia como “muro” ou “muralha”. Aqui eu as tratarei como Muralha Republicana (MR) e Muralha Democrata (MD).
Obs: Ao contrário do resto do mundo, nos Estados Unidos, os Republicanos, mais conservadores e a direita, ganharam da mídia nacional a cor vermelha como representação, e os Democratas, mais liberais, a cor azul, no entanto os partidos não reconhecem essa representação. Na década de 60 a mídia dividiu ambos pegando as cores da bandeira americana apenas, sem conotações ideológicas.
Depois falaremos dos Estados que compõem os Swing States, 14 Estados eu considero como sendo legítimos Swing States em 2020. Aqui é onde a eleição será realmente decidida. Também falaremos dos Estados do “Rust belt”
Na California e em Nova York por exemplo, a vitória dos democratas é certa, juntos esses dois já somam 84 votos para Biden, no Texas a vitória dos republicanos geralmente é quase certa. A Flórida é um Swing State. Também é praticamente certo que igual a 2016, os democratas somarão mais votos no total, mesmo assim em 2016 quem venceu foram os republicanos com Trump.
A muralha democrata (MD)
A Muralha Democrata ou Parede Azul, é um termo usado por analistas políticos para se referir aos 18 estados, mais o Distrito de Columbia (DC), que o partido Democrata ganhou de forma consistente nas seis eleições de 1992 com Bill Clinton à 2012 com Obama, e dariam 242 votos ao Democratas no Colégio Eleitoral. Dá para adicionar mais dois Estados, New Hampshire e Novo México, onde os Democratas venceram seis das últimas sete eleições, mas são vitórias percentualmente mais apertadas neles. No total, esses 20 Estados + DC, dariam 251 votos ao partido (muito próximo dos 270 necessários).
É uma muralha forte em alguns estados chave, com vitórias certas dos Democratas, e que rende muitos delegados, como a Califórnia (55 votos) e maior colégio eleitoral do país, Nova York (29 votos), o 3º maior a lado da Flórida, e Illinois (20).
No entanto em outros Estados ela é muito mais vulnerável que a MR, a ser rompida pelos republicanos. George W. Bush a rompeu em alguns estados em 2004 e Trump também em 2016. Até republicanos que perderam a eleição conseguiram isso eventualmente.
Nas eleições de 2016, Donald Trump rompeu a Muralha Democrata em três estados que fazem parte do Rust Belt, (Michigan, Pensilvania e Wisconsin), e quase rompeu em outros dois (Minnesotta e Maine), roubando 46 votos democratas e quase tirando outros 14.
Para a eleição de 2020, a MD até perdeu alguns estados que nesse momento são considerados como Swing States. Pois apesar de eles possuírem bons scores a favor dos democratas, as eleições desse ano aponta equilíbrio de votos. É o caso de Minnesotta, Michigan, New Hampshire, Pensilvania e Wisconsin. Então pelo score de vitórias democratas, esses cinco Estados são MD, mas por causa do percentual equilibrado de votos eles são Swing States em 2020.
Os Estados da MD estão localizados em sua maioria na região nordeste do país e na região dos Grandes Lagos. Estados como Nova York por exemplo, são Estados muito urbanizados e com metrópoles muito conhecidas mundialmente, a maior parte da MD está nesta região do país, a outra parte da MD está no outro lado do país, nos três estados da costa oeste do pacífico, Califórnia, Oregon e Washington (Não confundir o Estado de Washington no extremo noroeste do país, com o distrito de Columbia onde fica a capital Washington, no outro lado do país). São Estados com bastante força econômica, política e cultural, bem como fortes com relação a mídia também, e que acabam exercendo essa força não só dentro do país, mas em todo o ocidente e restante do mundo.
Sendo assim, uma a Muralha Democrata para 2020, desidratada e sem seus Swing States fica assim:
California (55), Connecticut (7), Delaware (3), Distrito de Columbia (3), Hawai (4), Illinois (20), Maryland (10), Massachussets (11), Maine (4), Nova Jersey (14), Nova York (29), Novo Mexico (5), Oregon (7), Rhode Island (4), Vermont (3)Washington (12).
Aqui são 15 estados mais o distrito de Columbia que dão 191 votos certos aos democratas. É essa a minha aposta nestes Estados.
Sendo assim, vemos que a MD, embora maior que a MR em votos, mostra-se mais vulnerável a ser rompida pelo outro lado. Isso depende muito dos candidatos que se apresentam de ambos os lados, suas propostas, seu índice de rejeição e de seu carisma para trazer o eleitor as urnas no dia das eleições em um país onde o voto não é obrigatório.
A Muralha Republicana (MR)
A Muralha Republicana ou parede vermelha, é composta historicamente de 24 estados, que dão um total de 206 votos ao partido. Geralmente com boa margem de vantagem para os republicanos, que vai de 55% até 70% dos votos em alguns estados, e também com pouca ocorrência de Swing States, apenas dois atualmente. O desempenho republicano nesses estados é estrondosamente avassalador nas últimas 12 eleições, sendo comum fazer scores (10/10), (9/10), (11/12) e (12/12) vitórias a seu favor.
São Estados localizados em todo o vasto interior do país, no Sul e Sudeste, no meio oeste, no centro, também alguns Estados da região dos Grandes Lagos, e no Oeste do país (com exceção dos três Estados da Costa do Pacífico).
Muitos desses estados tem uma forte economia agrária, estando localizados dentro dos chamados “belts” agrícolas, como o cotton belt, o rice belt, o wheat belt e o corn belt. Existem outros belts agrícolas, mas estes quatro são os principais.
Muito do sul dos Estados Unidos provavelmente também é seguramente republicano, já que seis outros estados daquela região geral não votaram em um democrata desde o sulista Bill Clinton em 1996 , e o Deep South, que está dentro do cotton belt, é quase solidamente republicano em seus senadores e governadores.
Os dois Swing States da MR em 2020 são Carolina do Norte (15) e Arizona (11), que juntos somam 26 votos. Tradicionalmente eles sempre foram republicanos, mas vem sendo ameaçado pelos democratas. A Geórgia (16) já foi considerado Swing State. Mas hoje considera-se recuperado pelos republicanos.
Se tirarmos fora esses dois estados e mais a Georgia (embora Trump seja favorito), a Muralha Republicana pura para 2020 fica com 21 estados e 164 votos praticamente certos para os republicanos. Os quais são:
Alabama (9), Alaska (3), Arkansas (6), Carolina do Sul (9), Dakota do Norte (3), Dakota do Sul (3), Idaho (4), Indiana (11), Kansas (6), Kentuck (8), Louisiana (8), Mississipi (6), Missouri (10), Montana (3), Nebraska (5), Oklahoma (7), Tenesse (11), Texas (38), Utah (6), Virginia Oc. (5), Wyoming (3).
Como se vê, são em sua maioria, estados com poucos votos no colégio eleitoral, o Texas com 38 votos é o maior colégio. Embora com menos votos, ela é mais forte que a MD, sendo pouquíssimas vezes rompida pelos democratas, apenas Bill Clinton na década de 1990 teve algum sucesso nela.
Com exceção do Alaska, Montana e Indiana, todos os estados da muralha pertencem no todo ou em parte ao chamado bible belt (cinturão da bíblia), ou então ao mórmon belt (cinturão mórmon) ou a outras igrejas protestantes tradicionais que são fortes nos EUA, como a Batista que é forte no Sul. Nesses locais a igreja cristã tem grande importância na vida das famílias, e os republicanos são fortes por lá.
Na década de 1990, a muralha foi rompida pelo democrata Bill Clinton no Arkansas, Missouri, Kentuck, Tenessee e Louisiana, nas duas eleições que ele venceu em 1992 e 1996, mas logo depois ela foi recuperada pelos republicanos. Tanto que nesses 5 estados os republicanos tem um score (12/9) de vitórias, mas também um score (5/5), o que mostra a recuperação, vencendo as últimas 5 eleições. Nem Obama venceu por lá, Bill Clinton venceu apenas por que era daquela região, nascido no Arkansas, um fato que lhe rendeu a vitória nesses estados naquela época.
Em 2016, Trump venceu em todos os 24 estados da MR, levando todos os 206 votos do colégio eleitoral e turbinando sua vitória sobre a democrata Hillary Clinton.
Apesar de estarem sofrendo um pouco de assédio justo em seu maior colégio eleitoral, que é o Texas, e onde os republicanos precisam começar a se preocupar para esta e para as próximas eleições, pois não há como os republicanos vencerem qualquer eleição se não vencerem no Texas.
Encerrando a previsão sobre a MR, eu aposto que Trump vencerá nestes 21 Estados que ficaram, e sendo assim, ele então terá esses 164 votos. Não será preciso mais, falar individualmente destes Estados.
Os Estados do Rust Belt
O Rust Belt (cinturão da ferrugem) compõe-se de sete estados americanos, pegando parte do nordeste americano e parte da região dos grandes lagos dos EUA. São eles: Indiana, Iowa, Michigan, Ohio, Pensilvania, Virginia Ocidental e Wisconsin. Era conhecido até os anos 1970 como manufacturing belt (cinturão da manufatura), Mas a expressão Rust Belt ganhou popularidade no país na década de 1980 em razão do declínio econômico, populacional e da decadência urbana que atingiram essa outrora grande e poderosa região industrial, cuja economia baseava-se principalmente na indústria pesada dos ramos siderúrgico, mecânico, metalúrgico, automobilístico, petroquímico, alimentícia e textil.
Essa região sofre desde aquela época com desemprego e migração para outras partes do país, a indústria local perdeu protagonismo com a chegada da concorrência estrangeira, como a concorrência japonesa no ramo automobilístico por exemplo.
Em termos eleitorais, esses sete estados do rust belt somam juntos, 86 votos no colégio eleitoral, e alguns deles como Iowa e Ohio são swing states puros.
O Rust Belt foi a grande jogada e o grande segredo da vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton em 2016. Aqui Trump venceu em todos os sete estados e pegou os 86 delegados para ele. Aqui Trump venceu nos dois swing states também, Iowa e Ohio, e aqui Trump ainda rompeu a Muralha Democrata em Michigan, Pensilvania e Wisconsin. Foi exatamente aqui que Trump venceu a eleição de 2016.
Enquanto Hillary estava entretida com seus discursos chatos e de alguma forma robóticos, com suas falas parecendo ensaiadas, sempre com discurso sobre minorias. Trump conseguiu aglutinar a classe trabalhadora do “rust belt”, e venceu prometendo trazer os empregos de volta aos trabalhadores desta extensa região, empregos que eles vem perdendo continuamente para os países de terceiro mundo como o México, mas principalmente para a China.
Saindo fora do rust belt, outro ponto chave que garantiu a vitória de Trump em 2016, foi o apoio que conseguiu dos agricultores, grandes e pequenos nos estados onde a produção rural é muito forte, são estados do meio oeste, centro e oeste do país que estão dentro do rice belt (cinturão do arroz), corn belt (cinturão do milho), cotton belt (cinturão do algodão), wheat belt (cinturão do trigo). Estados onde os republicanos sempre dominaram, mas onde também existem muitos estados considerados swing states, e onde Trump acabou vencendo. Obama tinha bons acordos com estes agricultores e isso já havia sido um ponto chave das vitórias democratas com Obama em 2008 e 2012, mas 2016 foi Trump quem conseguiu se impor na região.
Os Swing States
Nas eleições de 2020, 13 estados são colocados pelos analistas americanos como fazendo parte dos “Swing States”, também chamados de “estados balança” ou “estados pêndulo”. Nesses estados, o candidato vencedor em 2020, ainda é uma incógnita, a disputa é ferrenha neles.
Destes treze estados, seis deles se apresentam há muitas eleições como sendo “swing states” puros, votando ora de um lado, ora de outro. São eles:
Colorado (9 votos), Flórida (29), Iowa (6), Nevada (6), Ohio (18) e Virginia (13).
Juntos eles somam 81 votos, como se vê, a Flórida é o maior destes colégios com 29 votos.
Iowa (6 votos) e Virginia (13 votos), no passado até já pertenceram a muralha democrata, mas no presente se apresentam como swing states, pois passaram a oscilar muito o vencedor no século XXI.
Com relação as eleições de 2016, a Geórgia (16 votos) deixou de ser swing state para os analistas e voltou para os republicanos, e o Arizona (11 votos) que faz parte da muralha republicana (12/11), entrou, pois está sofrendo assédio democrata a algumas eleições. No entanto, embora favoritos, a vitória republicana na Georgia não pode ser considerada como “favas contadas”.
Dois Estados do Swing State, Arizona (11 votos) e Carolina do Norte (15) historicamente pertencem a Muralha Republicana, os republicanos venceram 9 das últimas 10 eleições na Carolina do Norte e 11 das últimas 12 no Arizona. Mas vem sofrendo assédio dos democratas nas ultimas eleições que estão fazendo bons percentuais de votos por lá, e sendo assim, entraram para os swing states, a Carolina do Norte em 2016 e o Arizona agora em 2020.
E os outros cinco Estados do Swing State, Michigan (16 votos), Minnesotta (10), New Hamphire (4), Pensilvania (20) e Wisconsin (10), historicamente pertencem a Muralha Democrata, os democratas venceram cerca de 90% das eleições somadas nesses estados desde a década de 1980, em Minnesotta por exemplo, venceu as últimas 11 eleições, mas na última a diferença foi de apenas 1.5%. Esses estados vem sofrendo assedio republicano a algum tempo, e por isso que no presente eles são considerados como swing states.
Sendo assim, no total temos em 2020, 13 swing states, que contabilizam 167 votos que vão decidir as eleições americanas de 2020. Eu ainda adiciono a Georgia, com 16 votos. E aumento para 14 Estados e um total de 183 votos em disputa real.
Quem vencerá nos Swing States?
Aqui nós vamos fazer uma análise mais individual destes 14 estados, para poder apostar com mais clareza e mais grau de certeza no vencedor. É daqui que sairá o grande vencedor. Vamos rever o histórico de votações deles, mas também as últimas tendências, dando um peso maior para as últimas eleições, e também para o fator “rust belt”.
Dos sete estados do “rust belt”, cinco estão como Swing States agora, sendo três vindos da MD. O que é muito interessante e ajuda Trump novamente como ocorreu em 2016.
SWING STATES PUROS
Colorado (9 votos): Embora no Swing State, vem assumindo tendências de voto nos democratas. Se até Hillary com pouquíssimo carisma entre seus eleitores conseguiu vencer aqui na eleição passada, fica mais fácil apostar em Biden. (vencedor: Joe Biden)
Flórida (29): É o Estado com mais votos dentro dos Swings States, Obama venceu em 2012 e Trump em 2016. Aposto que mais uma vez o voto dos latinos legalizados e dos eleitores mais idosos em favor de Trump, fará a diferença novamente. (vencedor: Donald Trump)
Iowa (6): Está na fronteira do rust belt. Já foi democrata no passado. Aguarda mais um mandato de Trump para refortalecer economicamente a região. (vencedor: Donald Trump)
Nevada (6): É vizinho da Califórnia, que é fortemente democrata. Se Hillary conseguiu vencer lá em 2016, fica mais fácil apostar em Biden aqui. (vencedor: Joe Biden)
Ohio (18): Outro Estado do Rust Belt fortemente impactado pelas crises da região desde a década de 1980, é um Estado que vem apontando crescimento republicano a cada eleição. Aposto que Trump vencerá aqui de novo. (vencedor: Donald Trump)
Virginia (13): Se Trump não rompeu a Virginia em 2016 contra Hillary, não vai vencer agora. Trump não vai romper nenhum Estado novo em relação a 2016. Onde Hillary venceu em 2016, Biden também vencerá: (vencedor: Joe Biden)
SWING STATES PROVENIENTES DA MR
Arizona (11 votos): Outro Estado da MR com score (11/12) que sofre assédio democrata. Trump venceu lá em 2016 por 4.2% de vantagem. (vencedor: Donald Trump)
Carolina do Norte (15): É um Estado da MR com score (9/10), embora sofra assédio democrata que o leve para os Swing States. (vencedor: Donald Trump)
Georgia (16): As pesquisas apontam que os republicanos voltaram a ter força no Estado e que a Georgia volta com afinco a MR. (vencedor: Donald Trump)
SWING STATES PROVENIENTES DA MD
Michigan (16 votos): Faz parte do Rsut Belt, já foi da MD, mas está se tornando republicano, e Trump venceu aqui na eleição passada. (vencedor: Donald Trump)
Minnesotta (10): É um Swing State vindo da MD, e Hillary venceu aqui na eleição passada. (vencedor: Joe Biden)
New Hamphire (4): Igual a Minnesotta, vem da MD e Hillary venceu. (vencedor: Joe Biden)
Pensilvania (20): O descontentamento da classe trabalhadora de baixa escolaridade com os democratas, aliados ao plano de Trump para trazer as empresas de volta ao Rust Belt, ajudou Trump a vencer a insossa Hillary em 2016 por apenas 1.1% de vantagem. Mas sempre foi democrata no passado com um score (6/7) para eles. Aqui Biden recupera para os democratas. (vencedor: Joe Biden)
Wisconsin (10): Outra vitória de Trump em 2016 num bastião democrata, e da MD também com score (6/7), por apenas 1.3% de vantagem. Fica mais fácil Biden recuperar. (vencedor: Joe Biden)
Conclusão de vitória nos 14 Estados do Swing State:
Depois de diversos fatores analisados, entre eles, o vencedor em 2016, a tendência de votos do passado baseadas nos scores, se no caso já pertenceu a MR ou a MD ou então é um swing state puro, a tendência de votos para o presente e futuro, a localização geográfica e econômica deles, principalmente envolvendo a questão do Rust Belt.
Podemos concluir que, dos 14 Estados listados como Swing States, Trump vencerá em 7 deles e conseguirá mais 111 votos neles. Biden vencerá nos outros 7, mas conseguirá 72 delegados.
O grande vencedor da eleição EUA 2020
Resumo final
Em 2016, Trump venceu em 30 Estados e conquistou 304 votos, e Hillary venceu em 20 Estados + DC e conquistou 227 votos. Uma diferença significativa de 10 Estados e de 77 votos, embora Hillary tenha feito quase 3 milhões de votos a mais.
Para 2020:
Trump vencerá nos 21 Estados da Muralha Republicana (MR) pura, e tem aí 164 votos.
Biden vencerá nos (15 + DC) Estados da Muralha Democrata (MD) pura, e tem aí 191.
Temos aí 36 Estados + DC com vitórias mais óbvias, e uma vantagem democrata de 27 votos.
Nos 14 Estados restantes que são Swings States, Trump vencerá em sete Estados e pega 111 votos. Biden em outros sete Estados e pega 72 votos.
Resultado final:
Trump vence em 28 Estados e consegue 275 votos. Biden vence em 22 Estados + Distrito de Columbia (DC) e consegue 163 votos. Diferença de apenas 12 votos
Donald Trump será reeleito presidente do Estados Unidos da América.
Vencedor da eleição presidencial EUA 2020: Donald Trump @ 2.75 (bet365)
Para apostar no vencedor de cada um dos 50 Estados + DC, basta ver a análise feita na MR, a MD, e nos Swing States.
Os vencedores nos Swing States também estão apostados lá. Existem muitos fatores que fizeram eu determinar cada vencedor nos Estados dos Swing States, no caso: O histórico de eleições deles, a tendência de votos deles, para qual parede ele está mais próximo, também a questão dos Estados do “Rust Belt”, também o andamento da economia americana até antes da pandemia do Covid-19. Mas o principal é, onde Hillary venceu em 2016, Biden também vencerá em 2020 porque ele é melhor e menos insosso que Hillary. Trump vai manter a maioria dos Estados que venceu em 2016, mas não todos, Biden vai recuperar a Pensilvania e o Wisconsin, e por isso a vitória de Trump vai ser mais apertada dessa vez.
Sobre as odds nos Estados
As odds dos Estados da MR (red wall) e da MD (blue wall) são todas sempre muito baixas para o vencedor, e na maioria dos casos nem vale a pena pegar o azarão com odd alta porque simplesmente não vai acontecer. Apostar no vencedor nesses Estados nunca foi interessante.
Algumas odds dos 14 Estados do Swing States derreteram nos últimos dias após a realização de pesquisas de voto pela imprensa norte-americana, essas pesquisas são feitas a todo o momento.
Aqui sim é interessante acompanhar diariamente a variação das odds, qualquer odd abaixo de 1.50 obviamente não vale a pena nunca. A partir de 1.50 vai depender de todo o histórico e análises naquele Estado. O melhor é pegar odds de 1.80 a 2.20 que estejam variando muito por causa das pesquisas de opinião, sempre analisando quem vai vencer de acordo com a análise e o histórico do Estado, que foi feito aqui.
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